Covil da Abdução: 19 Anos Sem Mamonas Assassinas

Saudações terráqueos!

Hoje se completa 19 anos que os irreverentes
rapazes de Guarulhos,
morreram em um trágico acidente de avião,
na Serra da Cantareira.

Sim, 19 anos sem Mamonas Assassinas,
banda que marcou época, e em sua curta carreira,
conquistou o Brasil com suas letras e apresentações cômicas,
desde o público infantil até os adultos.

NASCIMENTO DA BANDA

Em 1989, Sérgio Reoli conheceu Bento Hinoto,
através de um amigo de trabalho, que era irmão dele.
Ao ver que Bento toca guitarra, os dois decidem criar uma banda.
Samuel Reoli na época, não se interessava por música,
mas ao ver os dois ensaiando, se interessou e passou
a integrar o posto de baixista da banda.

Com o power trio definido, formaram a Banda Utopia,
com o carro chefe de realizar covers de bandas como
Titãs, Ultraje A Rigor, Paralamas do Sucesso,
Legião Urbana, entre outros..
O ano era 1990.

Durante um show, em julho do referido ano,
o público pediu para a banda tocar uma canção
dos Guns N' Roses, mas como não sabiam a letra,
abriram espaço para alguém do público vir cantar.
Eis que um rapaz se prontifica, sobe no palco
e com uma performance caricata e altamente cômica,
arranca risadas do público, conquistando assim
o posto de vocalista do Utopia.
Seu nome: Alecsander Alves, mais conhecido como Dinho.
Pouco depois, através de Dinho, chega a banda Júlio Rasec,
assumindo os teclados, assim a Banda Utopia vira um quinteto.

Formação:
Dinho - Vocais e Violão
Bento Hinoto - Guitarra e Violão
Samuel Reoli - Guitarra e Violão
Sérgio Reoli - Bateria
Júlio Rasec - Teclados, Backing Vocals e Vocais

A banda passou a se apresentar na Periferia de São Paulo,
e chegaram a lançar um disco intitulado "A Fórmula do Sucesso",
que não chegou a vender 100 cópias.
Com o tempo, começaram a perceber que suas paródias
faziam mais sucessos que as músicas sérias e os covers.

Após conhecerem Rick Bonadio e gravarem
"Pelados em Santos" e "Robocop Gay",
resolveram mudar o estilo da banda de vez,
e mudaram de Utopia para Mamonas Assassinas do Espaço,
reduzido futuramente para somente Mamonas Assassinas.

Em 1995, lançaram o disco "Mamonas Assassinas" pela EMI,
e foi um sucesso absoluto, chegando a vender mais de
três milhões de cópias, alcançando o Disco de Diamante.

Suas músicas permeiam entre paródias,
até experiência da vida dos integrantes,
sempre com bom humor e irreverência,
e figurinos cômicos usados pela banda em suas apresentações.

A banda crescia a cada vez mais,
até que no dia 2 de Março de 1996, o jatinho
que fazia o transporte deles, bateu contra a Serra da Cantareira,
acarretando no falecimento de todos os integrantes,
além do piloto, co-piloto e os dois assistentes dos Mamonas.
Um trágico acidente que marcou o Brasil,
por verem todos falecerem de forma repentina.

A banda preparava uma turnê internacional,
que seria iniciada em Portugal, com partida
programada para o dia 03 de Março de 1996.

No dia do enterro (04/03/96), o Brasil acompanhou
pela televisão, e muitas fãs lotaram
o Cemitério Parque das Primaveras,
onde os músicos foram sepultados.

Quando eles faleceram, eu tinha 8 anos,
e tenho bem nítida a lembrança da imagem
televisionada do enterro e todo a comoção ao redor,
e conforme crescia, conheci mais da banda,
principalmente sobre entender
as letras e suas sacadas inteligentes!

Quem tem o CD (hoje uma verdadeira relíquia),
ou escuta as músicas na internet,
percebe claramente a qualidade musical dos integrantes.
Todos são músicos de muito talento,
garantindo que o som soe como atual,
além do excelente trabalho de Dinho como vocalista.

Destaques:

"Pelados Em Santos"
"Chopis Centis"
"Uma Arlinda Melhor"
"Robocop Gay"
"Lá Vem o Alemão"

Me pergunto como estariam os Mamonas hoje,
caso ainda vivos, mas não consigo imaginar.
O que sei é que mesmo já passando 19 anos,
não tem quem não vibre ao começar a tocar
as músicas em uma festa, e as bandas covers
dos guarulhenses agradam a muitos!!

Agora só nos resta relembrar o que deixaram
de material através das canções e vídeos,
e cultivar esse legado deixado!

Se estivessem vivos,
Dinho teria 43 anos atualmente.
Bento 44, Samuel 41,
Sérgio 45 e Júlio 47 anos.